O apoio e aconselhamento social são cruciais para assegurar condições sociais e de acolhimento dignas aos requerentes de asilo e refugiados, as quais são facilitadoras da sua integração em Portugal.

Em que consiste o atendimento social?

– Trata-se de um aconselhamento integrado, que abrange todas as dimensões da vida dos seus beneficiários, tais como a saúde, a subsistência, a habitação, vestuário, atividades socioculturais, situação legal, emprego, educação e formação;

– No atendimento social, a atuação da assistente social começa com a aferição das necessidades imediatas dos requerentes de asilo e refugiados e elaboração de planos de ação. É igualmente prestada informação sobre as regras de funcionamento do CAR e os serviços disponíveis, direitos e deveres e informações úteis acerca da sociedade de acolhimento;

– De forma gradual, no decorrer da habituação do utente ao novo ambiente e à definição da sua situação jurídica, é delineado, conjuntamente, o projeto de vida, alicerçador da sua transição para a sociedade de acolhimento.

Como se organiza?

– O aconselhamento aos requerentes de asilo e refugiados é prestado por uma assistente social, decorrendo durante as manhãs, mediante inscrição prévia;

– A equipa do Departamento Social do CPR aplica o autodiagnóstico e a tabela de negociação, instrumentos criados pela própria organização, para que de uma forma gráfica e personalizada se possa atender à especificidade de cada utente, independentemente da sua língua de comunicação, percurso de vida e grau de escolaridade.

Sobre o Departamento Social

O trabalho do Departamento Social procura também acompanhar a constante transformação da sociedade portuguesa, de modo a assegurar que a sua intervenção continue a dar resposta às necessidades detetadas inicialmente, e aos desafios que se colocam à integração dos requerentes de asilo e refugiados em Portugal.

O Departamento Social é ainda responsável pela gestão dos processos sociais dos utentes, elaboração de relatórios sociais, sinalização para outras entidades, desenvolvimento de estratégias e diligências decorrentes da vivência nos CAR, entre as quais a gestão de conflitos, emergências médicas, auxílio na procura de habitação em caso de sobrelotação dos CAR ou de transição para o apoio de outra organização, e pelo contacto com parceiros de forma a obter recursos/colaborações para necessidades específicas às quais foi possível dar resposta.

Complementando a intervenção individualizada, esta área do CPR também intervém ao nível coletivo. Regularmente, com o apoio dos outros departamentos, realizam-se ações de sensibilização e de informação, workshops, atividades culturais e desportivas, entre outras, que têm como objetivo não só a ocupação dos tempos livres dos residentes dos CAR, que se encontram impedidos de trabalhar na fase inicial do seu pedido de asilo, mas sobretudo a promoção do desenvolvimento das relações interpessoais e grupais de proximidade, capacitando-os para a resolução dos problemas do seu quotidiano nos CAR de forma colaborante, estimulando, ainda, a sua participação na comunidade e sociedade. Procura-se, também, ouvir, dialogar e envolver os utentes sobre questões que os afetam e preocupam, a vários níveis.