Impasse do Aquarius resolvido, é necessário prevenir que situações semelhantes se repitam

Impasse do Aquarius resolvido, é necessário prevenir que situações semelhantes se repitam
© UNHCR/ACNUR

LISBOA, 12 de junho de 2018 (CPR) – O impasse do acolhimento de 629 migrantes, incluindo 123 menores não acompanhados e sete mulheres grávidas, a bordo do Aquarius, parece estar finalmente resolvido. Desde domingo que o navio procurava um porto de abrigo para os migrantes resgatados do Mar Mediterrâneo, na costa da Líbia, depois de a Itália ter empurrado a solução para Malta, que também recusou ajuda. Pedro Sánchez, Primeiro-ministro espanhol, tomou, então, a corajosa decisão de assumir a responsabilidade por estas pessoas. No total, são três navios que rumam agora a Valência: o Aquarius, uma embarcação da marinha italiana para o qual, por motivos logísticos, foi transferida uma parte das pessoas, e um navio das forças armadas italianas.

Entretanto, o governo local da ilha francesa de Córsega também se ofereceu para receber uma parte dos migrantes e a alcaide de Madrid disponibilizou-se para acolher 20 famílias, até um máximo de 100 pessoas. O Primeiro-ministro português mostrou desde logo a sua solidariedade através do programa de recolocação em curso.

Ao longo do dia de ontem, Teresa Tito de Morais, Presidente do CPR, prestou diversas declarações aos órgãos de comunicação social portugueses (RTP, SIC, TSF e Rádio Comercial) , chamando a atenção para a necessidade de se tomar uma decisão rápida para se evitar uma tragédia humanitária de consequências imprevisíveis. Independentemente das escolhas dos países europeus em matéria de gestão das suas fronteiras marítimas, o princípio do socorro no mar jamais pode ser posto em causa. Têm de ser encontrados mecanismos de busca e salvamento, evitando que situações idênticas às agora criadas se venham a repetir.

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